Lore: o que entenderam até aqui?

Bom, não faz muito que cheguei, sou louco por Fantasia, RPG, e um dos meus maiores interesses no jogo é acompanhar a história. Não sei o que há, até agora, além do que foi mostrado no Teaser que nos foi apresentado dia 04/03 no lançamento do Alpha. Resolvi fazer uma análise de algumas coisas sobre as quais me debrucei. Há muito eu não me debruçava sobre algo de maneira tão interessada, tentando descobrir os segredos ali contidos. Ainda vou tentar pegar mais detalhes, e até os convido a me auxiliar no intento!

Confesso que a primeira vez que vi o Absalon, com sua barba hirsuta, deixei-me remeter à imagem do tradicional bom velhinho, claro! Entretanto, ter um semblante de Papai Noel não é garantia para nada, não é mesmo? Então, como bom nerd, aficionado por RPG, fiz algo que muitos podem considerar sinal de problema: tentei transcrever e traduzir o que estava mais evidente no livro que Absalon encontrou naquele túmulo.

O texto contém, principalmente, cinco estilos de alfabetos (salvo engano): Rúnico, dois tipos de linguagem dracônica, Cabalístico, Enoquiano e o Alfabeto dos Magos. Pode-se dizer que os três têm origem no mesmo tronco, todos ligados às fés abraamicas.

As escritas em runas me pareceram em boa parte um pouco confusas. Deem um desconto, era tarde, estava sem óculos e bem, algumas letras estavam fora de foco eu difíceis de ler por conta da textura do livro na animação. Apesar disso, achei uma transcrição que fez algum sentido: Askdiha!

Maluquice! Eu sei, parece mesmo! Mas quando eu tentei separar as "sílabas" obtive o evidente "ask" do inglês, e o termo diha. Em uma breve pesquisa encontrei Diha como um nome próprio, feminino, original de um idioma falado no oeste da Índia e significa "Presente de Deus" ou "Eremita".

Seguindo para as linguagens dracônicas eu não cheguei a fazer uma transcrição, mas acho que nem precisaria de muito caso eu busque uma correlação com os demais alfabetos e a figura do dragão que, na iconografia medieval, era usado para simbolizar o mal e o demônio.

Os Alfabetos seguintes são ligados ao misticismo hebraico, tendo fortes ligações com os anjos e até com a origem humana. O Enoquiano é tido como a linguagem dos anjos, e também é conhecido pelos místicos como Adâmico, pois também era o idioma falado por Adão no paraíso.

O cabalístico, é creditado como um código para se descobrir segredos contidos nas escrituras sagradas e, o alfabeto dos magos, é usado para a confecção de talismãs gravados com nomes de anjos. Acredita-se que estes amuletos podem tratar doenças e servir como proteção. Ambos são usados em rituais como cânticos, semelhantes a mantras.

Na cabala, há a presença de um "Eremita", arcano do tarot que entre as referencias que encontrei cito:

"Uma pessoa de idade, no cume mais elevado de montanhas geladas, portando um bastão e protegendo uma fonte de luz do vento com o seu manto. A luz é obviamente associada ao saber e ao conhecimento. Em Thot Tarot, o Eremita porta um ovo contendo espermatozoides, numa clara alusão à magia sexual, de natureza criativa, regeneradora e transformativa. Lúcifer é o portador da luz divina, seu papel era transmiti-la aos seres espirituais abaixo de si. A distribuição da luz polarizada ocorre na lâmina seguinte, Hierofante. Portanto, o Eremita corresponde ainda à fase de Lúcifer antes da Queda. Esta abordagem, entretanto, suscita a possibilidade do Hierofante ser Lucífer ou algum preposto após a Queda."

Deparei-me também com a tradução do próprio nome Absalon. Na verdade foram duas: "Pai da Paz" e "Pai é Paz".

Um último elemento do vídeo, são as criaturas que saem do portal. Não tenho dúvidas que se trata de um grupo de harpias! A tradição diz que nas crenças mitológicas as harpias eram os seres que traziam tormentos do submundo para punir os pecadores. Na Divina Comédia, Dante as coloca no sétimo círculo do inferno, dilacerando as almas dos suicidas que foram transformadas em árvores secas.

Minha teoria:

A junção de referencias angelicais com a linguagem dracônica, posta neste contexto místico me leva a crer que aquele tomo é uma ferramenta demoníaca que atraiu aquele guerreiro e o corrompeu ao longo dos anos. De início, acreditei numa certa ambiguidade, em um tipo de erro cometido sob uma boa intenção.

Nos vitrais, temos a cena em que dois guerreiros em armaduras duelam. Um vermelho e outro azul, talvez numa alusão ao confronto de forças, bem e mal, algo como Ying Yang. A figura ruiva sobre eles manteve-se uma incógnita. Mais à frente, os vitrais atrás de Absalon são revelados, mostrando figuras que imaginei serem elfos em princípio, mas após toda a pesquisa e a iconografia das mãos impostas em benção, como nas imagens cristãs, passei a acreditar que poderiam ser anjos, talvez santos. Se forem anjos, faz ainda mais sentido o tratamento de "Antigos", vez que o Abrâmico também é creditado como a linguagem que anjos e demônios falavam antes da criação de Adão.

Não é que o personagem Adão faça parte desta lore, mas talvez o conceito da criação e eventos anteriores à criação das raças existentes.

O fato é: Absalon não me parece mais um nome, mas um título. Algo como um líder de seita, alguém que acredita que agirá pelo equilíbrio e purificação, um sujeito que começou com uma busca pelo conhecimento, foi seduzido por forças malignas e, sabendo disso, abriu deliberadamente as portas do inferno!

Gostaria de saber o que todos vocês acham dessa teoria! Contem a de vocês aí!!! 😘